ECONOMIA SOCIALISTA E REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA (ECUMENISMO E HUMANISMO #25)

Trata-se de uma das maiores obras marxistas de todos os tempos. Com grande capacidade de análise, o filósofo tcheco Radovan Richta reuniu uma equipe multidisciplinar que decifrou a questão da Revolução Científico-Técnica, uma revolução produtiva que nasce na Segunda Guerra Mundial e toma contornos mais perceptíveis a partir dos anos 1980, com o avanço digital e da informática.Os autores defendem que a automação da produção substitui o trabalho humano físico por máquinas autorreguladas. Com isso, os seres humanos estariam cada vez mais liberados para o trabalho intelectual e criativo. A ciência se torna a força produtiva principal e o avanço da mesma entra em contradição com as relações de produção capitalistas.Richta defende que num processo de longo prazo, o avanço da Revolução Científico-Técnica depende da libertação do ser humano das relações de produção capitalistas, já que a criação de conhecimento não obedece às leis do valor, tal como operadas pelo capital (criação de mais-valia por meio da produtividade do trabalho humano dentro de um tempo de trabalho necessário). O capitalismo se torna então um entrave ao desenvolvimento da humanidade, das forças produtivas e do conhecimento humano. Essa contradição entre forças produtivas e relações de produção somente poderá ser resolvida no socialismo, onde toda a capacidade de criação humana estará livre da exploração do capital.Um clássico que adiantou muito das invenções e tecnologias inventadas posteriormente (biotecnologia, automação, computadores pessoais) e que ainda guarda importantes reflexões sobre o destino da humanidade.