Sinopse
Carlos Nejar reúne sua poesia (quase) completa nos volumes AMIZADE DO MUNDO E JOVEM ETERNIDADE . Falamos de 'quase' em dois sentidos: não apenas pelo fato de alguns textos não integrarem a coletânea (como, por exemplo, OS VIVENTES, 1999), mas também porque, para Nejar, nenhuma poesia consegue ser rigorosamente 'completa'. Definindo-se, mais de uma vez como 'Servo da Palavra', Nejar sabe que poeta é aquele que persegue o impossível, uma espécie de acendedor de relâmpagos, ébrio de uma luz que, depois de passar, deixa o escuro mais escuro, pelo contraste com o brilho extinto. Vestígios dessa luz ainda queimam as mãos do poeta: palavras-labareda com que ele reviverá a memória do clarão perdido no corpo do texto encontrado.No panorama da moderna poesia brasileira, Nejar ocupa uma posição consolidada, e, sob vários aspectos, à contracorrente de suas tendências mais ostensivas.