Sinopse
No aniversário dos 450 anos da cidade de São Paulo, o livro faz um convite ao leitor para que refaça, hoje, o mesmo caminho trilhado por Militão Augusto de Azevedo, o primeiro fotógrafo a retratar a urbe paulistana, em 1862 e depois em 1887, quando ela ainda se concentrava no Triângulo histórico, formado pelas igrejas de São Bento, do Carmo e de São Francisco. Militão foi o único a registrar a velha São Paulo colonial, com suas ruas mal pavimentadas, casas feitas de taipa e aparência tacanha, fruto de falta de interesse do resto da América portuguesa pelos paulistas. Em pouco tempo, este cenário desapareceria e daria lugar a outro, de concreto e de ares afrancesados, flagrados por Militão em 1887, quando São Paulo já se nutria da pujança do café. O café trouxe apenas a chama inicial das mudanças que ocorreriam na cidade de São Paulo no decorrer do século XX, com a industrialização e sua transformação no maior centro financeiro da América Latina. Este cenário moderno foi captado, em 2003, pela lente de Eduardo Magossi, que retratou as mesmas vistas fotografadas por Militão em 1862 e em 1887 do ângulo mais próximo possível do original registrado. As diferenças da cidade de 25 mil habitantes existente em 1862 e da metrópole de 10,5 milhões de habitantes podem ser identificadas iconograficamente, além de serem importantes pontos de reflexão e de registro sobre a trajetória de São Paulo nos 150 anos que separam as fotos iniciais das atuais. Ao aceitar o convite feito pelo livro, o leitor poderá, através das fotografias e dos textos, descobrir ou relembrar uma São Paulo que, viva, está em constante mutação. E, ao comparar o passado e o presente, refletir sobre quais foram as trajetórias certas e as incorretas e, desta forma, repensar o futuro da cidade.