Sinopse
É portentosa a obra A LENDA DE VILA VELHA, de George Schpatoff, tamanha lhe é a densidade geral, a propriedade dos termos, a veracidade do ambiente e fundo indígena, a maneira simples, harmoniosa e sugestiva de expressão. A magia das palavras suaviza o penoso e escabroso do solo do local. Turismo com rica literatura e saboroso entretenimento, ditando ainda regras para conservação da natureza. Eis o que vemos explorado, neste belo volume. Faris Antonio Michaele Um belo conto mitológico sobre a Vila Velha. A história da mais linda região entre os mais lindos campos ondulados do Paraná, que havia sido escolhida pelos primitivos habitantes do local para ser a Abaretama, a Terra dos Homens. Alí, os apiabas cumpriam a honrosa missão de guardar um precioso tesouro que fora legado por Tupã. Certo dia, um guerreiro de nome Duí foi escolhido para chefe dos apiabas. Uma tribo rival, os camés, escolheu a mais bela de suas virgens, de nome Aracê, para conquistar o chefe dos apiabas e arrebatar-lhe o segredo do tesouro. Duí logo se apaixonou pela moça. Mas Aracê também não resistiu ao fascínio do bravo guerreiro. E numa tarde, após tomarem uma taça de licor de butiás, eles se amaram à sombra dos ipês em flores. A vingança de Tupã foi imediata e terrível. A fúria do deus, em estertores brutais, abateu-se sobre a região, trazendo a morte e a dor. A Abaretama transformou-se em pedras. E os dois amantes ficaram um ao lado do outro, petrificados. Até a taça que causou o pecado virou pedra. O tesouro de Tupã, por sua vez, fundiu-se e formou a Lagoa Dourada.