SAÚDE MENTAL DO PROFESSOR

Preocupado com os pressupostos teleológicos da Educação apresenta o paradoxo do ato de educar com o de adoecer. É mister sensível e vincular de afetos a docência. Humanos e humano no contrato do ensinar e aprender. Contrato oculto e perverso no cotidiano massificante. Ler esta obra nos faz refletir sobre a ingenuidade dos discursos sobre a promessa da Educação. A Educação não atingirá seus objetivos sem passar por um olhar cuidadoso sobre a formação e o exercício profissional da docência. A Educação não atingirá seus objetivos se não se preocupar em como a organização escolar interfere na saúde mental dos personagens envolvidos (professores e alunos) e sobre a qualidade do ensino e da aprendizagem. Políticas de qualidade de vida no trabalho escolar são urgentes. Estamos no século XXI e esses discursos continuam a apregoar que para um futuro melhor da humanidade a melhoria da Educação é imprescindível. Só que esses discursos não contemplam o trabalho docente de forma decente, nem o que fazer para que o professor tenha condições técnicas, estruturais, organizacionais e psicológicas para exercer sua profissão. Um retrospecto das principais teorias e pesquisas que discutem stress, felicidade, saúde mental, desenvolvimento psicológico, síndrome de burnout foram desenvolvidas. Uma pesquisa de campo de cunho fenomelógico complementa a trajetória do livro. Entrevistando professores com seu método de entrevista psicológica, que novamente aparece nesta obra do autor, o livro desvela os sentimentos, angústias e esperanças nas falas dos docentes.