CONSELHOS SOBRE A MORTE
Dalai Lama
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Sinopse
Se para os ocidentais falar sobre a morte é quase um tabu, os budistas orientais tradicionalistas têm na morte um elemento de seu cotidiano. Refletir sobre a morte é um hábito diário para os tibetanos, que costumam meditar usando um poema do século XVII. Em Conselhos sobre a morte e como viver uma vida melhor, Tenzin Gyatso, o Dalai Lama, líder espiritual dos budistas tibetanos, conclama o homem moderno a analisar a morte não para sentir medo, mas para apreciar esta vida preciosa. O Dalai Lama baseia-se no poema Desejos para libertar-se das situações difíceis e perigosas do estado intermediário, o herói livrando-se do medo, do século XVII, para escrever essa pequena obra-prima sobre a morte, seus estágios e reflexos nas vidas daqueles que permanecem nesse plano da existência.
Além da interpretação do Dalai Lama sobre o poema, o livro traz também conselhos sobre como enriquecer a passagem pela Terra, preparando uma vida plena para um morte tranqüila e uma reencarnação melhor ainda, em um caminho que conduz o homem à iluminação.
Embora o poema seja destinado a quem aceita o princípio da reencarnação, as observações do Dalai Lama podem ser dirigidas até a quem não segue qualquer religião, como quando fala na importância de propiciar um ambiente sereno para quem está em seu leito de morte: Pensar em Deus pode trazer mais conforto e paz à pessoa, fazendo com que ela sinta menos apego, medo e pesar. (...) Um budista poderia ficar consciente de Buda e dedicar boas ações nesta vida a uma vida seguinte produtiva.
Um ateu poderia refletir sobre o fato de a morte ser parte integrante da vida, e agora que ela está tendo lugar, não adianta se preocupar. O ponto principal é a paz de espírito para que o processo da morte não seja perturbado. Conselhos sobre a morte surgiu de uma série de conversas do Dalai Lama com Jeffrey Hopkins, professor de Estudos Tibetanos da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos. No prefácio, Hopkins conta sua experiência pessoal com o budismo e traça o panorama político do Tibete, de onde o Dalai Lama fugiu em 1959, depois de tentar em vão um entendimento com a China, que invadira o país. O livro não se detém sobre problemas políticos, preferindo abordar aspectos de nossa breve existência, que, para o Dalai Lama, deve ser dedicada a atividades construtivas, sem que, no entanto, haja descuido quanto à preparação para a morte, o que não requer punição, e sim autodisciplina e autoproteção .