Sinopse
A poesia modernista, iniciada com a Semana de Arte Moderna de 1922, bem como a poesia concreta, lançada em dezembro de 1956 no Museu de Arte Moderna de São Paulo, levaram algum tempo para atingir um público mais amplo. Mas, hoje, tanto uma quanto a outra são decisivas para a compreensão do que se entende por poesia brasileira do século XX. Enquanto a primeira constituiu a sua novidade sobre o lema da libertação da suposta camisa-de-força imposta pelas rimas e métricas, a segunda o fez em torno do combate à exclusividade do verso e do 'logos' sobre os vários 'sentidos' da poesia, incorporando ao seu fazer, com máximo destaque, o significante, o signo visual. Este livro apresenta cinqüenta anos de poesia de Décio Pignatari, um dos criadores do movimento concretista e de uma poesia em que a palavra vira figura sonora, visual, quase táctil.