O JARDIM DE MARX: COMUNISMO E TEORIA SOCIAL CONTEMPORÂNEA
Luis Carlos Fridman
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Sinopse
é um livro sobre a busca incessante de felicidade a partir das generosas projeções de Karl Marx para o futuro da humanidade. Marx acreditava na ampla expansão das potências, criatividade, talentos e inclinações dos seres humanos depois de superadas as condições materiais que os opunham entre si. O futuro ambiente social seria de uma vida experimentada com transparência, que deixaria para trás a "pré-história" da humanidade, e assim os indivíduos teriam controle sobre o seu destino. é um livro que inclui boa parte dos questionamentos mais e menos recentes às projeções de Karl Marx em torno do socialismo e do comunismo, em nome dos quais se despertaram tantas paixões e se construíram totalitarismos arrepiantes. E, sem qualquer pretensão de salvar a ortodoxia, suas conclusões também não alimentam essa espécie de "pragmatismo universal" tão em moda, aonde a política torna-se um apêndice, muitas vezes dispensável, da busca de sustentabilidade frente às flutuações dos fluxos globais da economia. não adocica as decepções socialistas, e dialoga com autores de esquerda como Jürgen Habermas, Zygmunt Bauman, E.P.Thompson, Wanderley Guilherme dos Santos, Pierre Bourdieu e outros. Mas, ao invés de constatar o "inevitável caminho ao centro" ou a dispensabilidade de se pensar em uma vida satisfatória para todos, percebe que a invenção do futuro faz parte da margem de atuação de indivíduos, grupos e classes na cena contemporânea. Marx supôs um e apenas um "amanhã radiante"; O jardim de Marx não confirma tanta bonança mas fornece bons elementos para imaginar que o futuro não será construído apenas pelos realistas.