RUMBOLDO

Mudar o estado natural das coisas nem sempre é fácil. Para ser mais sincera, na maioria das vezes, impossível. Mas o rei Rumboldo, teimoso e autoritário como ele só, quer porque quer fazer leis, e leis absurdas! Uma delas: "Os passarinhos, de hoje em diante, estão proibidos de fazer cocô". Eva Furnari dá uma cutucada, como quem não quer nada, naqueles que acham que sua própria palavra é a palavra final. E ai daquele que não concordar: vai ser trancado na Torre de Pedra, a torre mais alta do castelo, para aprender que ninguém pode ter opinião. Assim Rumboldo fez com todos que discordaram de suas decisões intransigentes: o Primeiro Ministro, o Conselheiro, os súditos, as cozinheiras. Na vida, assim como na ficção, existem esses cabeça-duras, que têm o mesmo destino, que o próprio Rumboldo teve, a solidão. De maneira muito engraçada, fugindo ao didatismo, Eva mostra que o diálogo e o respeito mútuo são condições para que a vida seja vivida em clima de festa e alegria.