A FRIAGEM

Pegue a linguagem bem típica de Goiás, adicione um pouco de poesia, incremente com o fantástico e um pouco de absurdo. Você já imaginou no que pode resultar? A decorrência disso está no livro , que traz treze histórias, com enredos absurdos, em que todas as personagens são mulheres. O livro, que é sucesso desde sua primeira edição em 1998, conquistou, num primeiro momento, o público de Goiás. Em seguida tornou-se leitura obrigatória para o vestibular de três universidades daquele Estado. estava fadado a ser apenas um bestseller regional, uma vez que suas edições anteriores foram feitas por editoras que não atingiam outras localidades com sua distribuição. Porém, em maio de 1999, o jornalista Roberto Pompeu de Toledo, em sua página semanal na revista Veja, escreveu o belíssimo ensaio Histórias de Mulheres e de Goiás, em que falava de um bonito livro, sobre a forma como foi editado e lançado, e por que. Comparava sua autora com o colombiano Gabriel García Marques. O livro em questão era o de Augusta Faro Fleury de Melo, ou simplesmente Augusta Faro, escritora goiana, nascida numa tradicional família vilaboense.