Sinopse
A qualidade dos autores e a extraordinária aceitação desse estudo pelas maiores autoridades italianas na área - o prof. Eugenio Borgna, psiquiatra, o dr. Paolo Berruti, especialista em neurologia, e a dra. Franca Do, psicoterapeuta - bastariam para recomendá-lo. Mais extraordinária ainda é a repercussão que a obra teve em pais e educadores, ajudando-os a não só compreender a originalidade e a profundidade do sofrimento das crianças, da primeira infância ao início da adolescência, mas também a encontrar os meios de lhes minorar o impacto negativo e, sobretudo, de superá-los em vista de uma maturidade sem traumas e de uma vida mais feliz. A primeira questão é descobrir a dor da criança e avaliar seu verdadeiro perfil e sua profundidade. Os autores mostram como fazê-lo num capítulo inicial zero, que contém toda a base com que vão trabalhar. Os sofrimentos da criança, provenientes em geral do relacionamento com os adultos, são classificados em três categorias, que formam o tema de cada uma das três partes. Na primeira, os sofrimentos procedentes das perdas, quase sempre inevitáveis. Na segunda, os sofrimentos inerentes à fase de crescimento, decorrentes, sobretudo, do relacionamento defeituoso com os adultos mais chegados: pais e educadores. Finalmente, na terceira parte, os sofrimentos perfeitamente evitáveis, fruto da possessividade às vezes doentia dos pais ou de sua constante insatisfação com os filhos. A obra não é um tratado de neuropsiquiatria infantil, nem um ensaio sobre patologias da infância ou sobre abusos ou violências contra os pequenos. Limita-se a indagar o campo das dores normais de uma criança normal, em uma família normal: campo específico muito pouco explorado; contudo, pareceu-nos urgente enfrentá-lo, porque muitas vezes os pais são deixados sós diante da dor dos filhos.