SÍNDROME DE DOWN

Parte I Inicialmente é proposta uma abordagem sobre a Síndrome de Down para conhecê-la historicamente e caracterizá-la, para esclarecer os fatores genéticos envolvidos na questão. Antigamente, acreditava-se que as crianças com esta Síndrome tivessem um potencial tão baixo que jamais chegariam à escolaridade. Assim só restaria um treino de vida diária a ser feito. Hoje esta situação melhorou muito. As crianças são estimuladas adequadamente, tornam-se independentes socialmente, podendo freqüentar a escola e uma oficina de trabalho. Torna-se, portanto, mais fácil discorrer a respeito dos possíveis tratamentos existentes para os portadores e, acima de tudo, enfatizar o quanto é imprescindível a estas crianças receber a estimulação adequada já no início da vida, para atingirem um melhor desenvolvimento físico e mental. Para este fim, uma boa avaliação antecede o trabalho a ser desenvolvido. Ao falar-se em avaliação, o mais importante é ressaltar a criança que está por trás de uma brincadeira ou de um desenho. Desse modo, a avaliação não precisa ser feita em uma situação especial, mas pode ser realizada em um contexto livre, que é muito melhor. A criança não se sente coagida e, estando à vontade para se expressar na brincadeira, seus movimentos e pensamentos vêm à tona mais facilmente. Parte II Para as crianças, as artes significam equilíbrio entre a emoção e o intelecto. A arte é uma amiga que a criança procura quando as palavras se tornam difíceis. Ela reflete os sentimentos, o intelecto, o desenvolvimento físico, a acuidade perceptiva, o envolvimento criador, a estética e até mesmo a evolução social da criança. Por isso é que não existem dois desenhos idênticos. Assim, busco aprofundar os estudos sobre a elaboração e as manifestações da função semiótica na criança com Síndrome de Down, considerando sua importância. Assim será possível compreender um pouco melhor como essas crianças pensam e sentem, como que elas se comunicam, mostrando a realidade interna de que não sabem expressar, falando como vêem e como se sentem. Desse modo, foi verificado o padrão predominante de uma criança com Síndrome de Down, no que concerne ao brincar, a partir de uma leitura piagetiana, e ao desenhar, segundo Lowenfeld & Brittain. Em suma, compreender melhor a maneira pela qual os Downs constróem o símbolo e dele se utilizam para se adaptar ao meio.