Sinopse
A educação técnica, que desviou seu eixo do sistema educacional, aproximando-se do mercado produtivo, deve realizar nova rotação para, mantendo sua base no sistema educacional, direcionar seu objetivo para o desenvolvimento de uma sociedade industrial. Dentro dessa concepção, caberá à educação técnica formar profissionais não necessariamente para o emprego, mas para o desenvolvimento de novas tecnologias e mercados ocupacionais. A esse nível representaria um papel estratégico numa política de desenvolvimento científico e tecnológico a qual, assentando-se no sistema educacional estaria em melhores condições de perceber, adotar e criar novos conhecimentos científicos e tecnológicos socialmente direcionados. Para desempenhar esse papel, a educação técnica deve despir-se de velhos rótulos e metodologias de ação e submeter-se a uma vigorosa revisão de conteúdos e práticas de ensino. A dinâmica das ações no campo da ciência e da tecnologia exige igual dinamismo na formação de profissionais. Capacidade de análise, de estudo e pesquisa, aplicação do conhecimento são requisitos para os candidatos que, ao contrário do que comumente se fomentou, necessariamente não devem esperar um posto de trabalho quando terminar os estudos, mas, sim contribuir para gerar novos postos.