Sinopse
Talvez por nunca ter sido aceito na Academia Francesa e por terem-no detido no rótulo infanto-juvenil, Júlio Verne não acreditava possuir um estilo literário peculiar. No entanto, foi autor de histórias envolventes e características, despertando curiosidade pela mistura singular entre a ciência e o lúdico, o realismo e a fantasia. Viagem ao centro da terra tem mistério do início ao fim, nunca se encerra em uma única questão. Um criptograma em um velho pergaminho, com o relato da Viagem, um ambiente inóspito para começá-la, três crateras para penetrar ao subterrâneo, mas apenas um caminho para o centro da terra. Com personagens aptos a desvendar cada enigma - o professor Lidenbrock, sábio porém teimoso; seu jovem sobrinho e aprendiz, Ã?xel, prudente e cético; e um guia dinamarquês que parece não se afetar com nenhum contratempo, a história se desenvolve do possível ao fabuloso. O interior rude do vulcão se transforma no palco comum das mais diferentes épocas da terra, para surpresa dos viajantes, que nada mais podem fazer a não ser se deixar guiar pelos acontecimentos. Entre jogos lingüísticos e especulações científicas, Viagem ao centro da terra utiliza o acaso como a força que movimenta a natureza, fonte inesgotável de mistérios, tanto para jovens quanto para adultos. Seja pelo ritmo fluido e instigante da narrativa ou por todas as possibilidades que um lugar oculto encerra, é impossível não ficar apreensivo pelas descobertas dos personagens e por seu destino. A adaptação de Carlos Heitor Cony traz ainda mais sabor a essa aventura. Sempre ágil e bem-humorado, o texto do imortal brasileiro se funde com perfeição à trama de Júlio Verne, garantindo toda a magia desse clássico da literatura.