Sinopse
Poucos são os estudos sobre a correspondência de Machado de Assis, seja em virtude da dificuldade dos pesquisadores em acessar a documentação, em sua maioria ainda inédita e só disponível nos centros de memórias fluminenses, seja ainda, pelo desconhecimento de tanto material profícuo e que pode subsidiar muitas outras pesquisas. Por esse motivo, o livro O fio oblíquo da literatura epistolar machadiana vem a público, para que de alguma forma possa subsidiar outros pesquisadores que tenham interesse por papéis velhos, mas repletos da discrição machadiana. Como diria Maria Cristina Cardoso Ribas, seria um olhar a esses papéis pelo viéis das negativas machadianas, o não-dito, impresso nas cartas.
Desta forma, o livro apresenta a seguinte estrutura: estuda as correspondências de Machado de Assis e seus correspondentes, em edições publicadas e através de manuscritos autógrafos e ainda inéditos, disponíveis na Casa de Rui Barbosa e, principalmente na Academia Brasileira de Letras.
Apresenta uma resenha da obra Onze anos de Correspondência: os machados de Assis, de Maria Cristina Cardoso Ribas.
Traz um capítulo sobre o diálogo silencioso entre Machado de Assis e Eça de Queiroz e finaliza com um capítulo intitulado "Na contramão da Biblioteca de Machado de Assis".
No capítulo final, utiliza a obra A Biblioteca de Machado de Assis, organizada por José Luís Jobim e através da mesma, lista 48 títulos de obras não catalogadas, por Jean Michel-Massa nem por Glória Vianna, apontando seus respectivos autores e doadores.