A ADMINISTRAÇÃO ENTRE A TRADIÇÃO E A RENOVAÇÃO

As empresas do Ocidente industrializado têm-se preocupado com a concorrência do Sudeste Asiático e do Extremo Oriente. A "crise" econômica fez submergir diversos setores industriais e praticamente liquidou com mais de um sistema econômico, enquanto o desemprego e a pobreza se agravam de forma dramática. A poluição, as diversas formas de degradação da natureza e da qualidade de vida e as diversas formas de desperdício também se apresentam como questões graves. Diante desses problemas, o administrador já não pode ser o maquinista-chefe de uma máquina complexa chamada "empresa" ou "organização", mas o sutil e generoso catalisador capaz de criar a seu redor condições propícias ao engajamento de pessoas. A melhor gestão é aquela que sabe mobilizar e deixar exprimir as potencialidades de todos na empresa. O "capital humano" é o "recurso" mais importante que deve guiar o caminho do administrador. Partindo da tradição gerencial e das críticas que lhe são feitas, reexaminando mensagens e interpretações abusivas, o Autor busca explicar a desordem reinante no campo administrativo, propondo, ao mesmo tempo, exemplos de novos caminhos rumo a uma administração renovada. Torna-se, portanto, um convite a uma análise mais profunda e lúcida da empresa, contribuindo para o alargamento dos horizontes do administrador. Ao mostrar como é necessário efetuar grandes revisões nas teorias e práticas gerenciais tradicionais e retratar outros modelos que não o americano, este livro evidencia que, além de particularidades culturais, estilos administrativos de outros países apresentam lições que não devem ser negligenciadas. O Autor demonstra ainda que as teorias clássicas podem conduzir a uma gestão mais eficaz e menos prejudicial, desde que se saiba refazê-las numa perspectiva que integre os dados que atualmente conhecemos sobre as ciências da natureza e da vida.