LUZAZUL

Sexto livro do autor, esta obra marca o seu retorno à Poesia, por onde iniciou-se na atividade literária, em 1985. A expressão que dá nome ao livro é um palíndromo bastante conhecido e largamente utilizado nas mais diversas manifestações artísticas, principalmente devido à sua grande plasticidade e forte apelo estético. Organizados em três blocos distintos, mas distribuídos numa seqüência não-linear de leitura, os poemas que compõem esta coletânea podem ser abordados a partir de inúmeras formas. Isto faculta que o livro possa ser lido em vários sentidos ou direções, sugerindo uma estrutura de mosaico, que pode tomar a configuração mais incidental e imprevisível, dependendo apenas da sensibilidade de cada leitor. A temática é livre e multifacetada. Mas há um esforço deliberado de interação – de diálogo mesmo – entre a forma e o conteúdo, em cada poema. Este recurso objetiva ora à valorização de determinados aspectos do texto (semânticos, sintáticos, metafóricos, imagéticos), ora à potencialização do contato do leitor com a palavra impressa sobre o papel, e pretende oferecer-lhe assim uma experiência perceptiva instigante, reveladora, ou seja, Poética.