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AS PARCEIRAS

Lya Luft
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Sinopse
"Por que não morremos num período assim? Antes que tudo comece a esboroar. Nem sei se é no fundo ou na superfície que começa a erosão. A primeira tristeza não partilhada. A primeira solidão em que se vira as costas e, ao voltar, não se encontra mais a presença reconfortante. Apenas outra solidão, de costas. A consciência está alerta: está acabando. O resto vem depois. Todo o cortejo." Lya Luft Lançado originalmente em 1980, AS PARCEIRAS é o primeiro romance de Lya Luft, uma das mais premiadas e consagradas escritoras brasileiras. Recebido com críticas elogiosas pela imprensa - um livro raro e perfeito; acontecimento intelectual do ano - o livro é tema de estudos em diferentes universidades, já foi publicado na Alemanha e marca a chegada da obra de Lya na Editora Record. Com mais de 15 edições, AS PARCEIRAS aborda, principalmente, a contestação aos valores patriarcais. Uma visão feminina sobre uma família marcada pela morte, pela loucura, por um mundo decadente que a envolve e a desagrega. Nesta obra de estréia, Lya ensaia o mistério, o encantamento de narrativas onde a virulência atravessa o veio das emoções humanas. Uma lembrança dos contos de fadas que a escritora devorava quando menina. As doses maciças de fantasia - princesas, bruxas e magia - a marcaram, forjando os elementos predominantes em suas obras. Em AS PARCEIRAS somos apresentados à Anelise, vida à beira do caos, que procura no passado as razões para seu infortúnio. Ao passar das páginas, ela encontra a coragem para enfrentar os fantasmas que a perseguem: a avó Catarina - obrigada a casar aos 14 anos com um homem violento; a tia Beata - uma viúva virgem, marcada pela tragédia; a tia anã - figura grotesca que marca sua infância; a amiga Adélia - ausência para sempre sentida; a irmã Vânia - seu oposto completo, forte e decidida, mas com um estranho segredo. O clima sufocante dessa narrativa opera uma estranha hipnose sobre o leitor, uma sedução que o apanha de surpresa, o levando para uma dimensão torturada. Um universo com temáticas perigosas, como conturbadas relações familiares, traumas da infância e suas sequelas na vida adulta. "A vida é maravilhosa, mesmo quando dolorida. Eu gostaria que na correria da época atual a gente pudesse se permitir, criar, uma pequena ilha de contemplação, de autocontemplação, de onde se pudesse ver melhor todas as coisas: com mais generosidade, mais otimismo, mais respeito, mais silêncio, mais prazer", argumenta a escritora em uma de suas entrevistas. Lya Luft define-se uma pessoa com um olho triste que escreve e um olho alegre que vive. Alguém que escreve para entender a vida e o mundo, em nada a imagem da mulher amargurada e sofrida que suas personagens passam. Na poesia contida, pessoal; mas expansiva no romance: "Creio até que sou um pouco pobre de vocabulário. Realizo um esforço sistemático de tornar minha linguagem a mais simples possível. Não quero que ela seja uma barreira entre o que desejo comunicar e o leitor", diz. Gaúcha de Santa Cruz, Lyz Luft começou sua carreira literária em 1980, aos 41 anos, com a publicação do romance As parceiras, seguido por A asa esquerda do anjo (1981), Reunião de família (1982), Mulher no palco (1984), O quarto fechado (1984), Exílio (1987), O lado fatal (1988), A sentinela (1994), O rio do meio (1996, prêmio da Associação Paulista de Críticos de Artes), Secreta mirada (1997), O ponto cego (1999), Histórias do tempo (2000), Mar de dentro (2000) e Perdas & Ganhos (2003). Formada em letras anglo-germânicas e com mestrados em Literatura Brasileira e Lingüística Aplicada, Lya trabalha desde os vinte anos como tradutora de alemão e inglês e já verteu para o português obras de autores consagrados como Virginia Woolf, Günter Grass, Thomas Mann e Doris Lessing, além de ter recebido o prêmio União Latina de melhor tradução técnica e científica em 2001 pela obra Lete: Arte e crítica do esquecimento, de Harald Weinrich.

Categoria
Editora Record
ISBN-13 9788501066114
ISBN 8501066117
Edição 1 / 2003
Idioma Português
Páginas 128
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AVALIAÇÃO DO LEITOR
Cristina Romeiro
Aborda, principalmente, a contestação aos valores patriarcais. Uma visão feminina sobre uma família marcada pela morte, pela loucura, por um mundo decadente que a envolve e a desagrega.

Cristina Romeiro
O livro aborda, principalmente, a contestação aos valores patriarcais. Uma visão feminina sobre uma família marcada pela morte, pela loucura, por um mundo decadente que a envolve e a desagrega.

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