O USO DA POESIA E O USO DA CRÍTICA
T. S. Eliot
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Sinopse
O Uso da Poesia e o Uso da Crítica reúne as conferências Norton, proferidas por T. S. Eliot em Havard em 1932-33, nas quais Eliot procura responder as seguintes perguntas: O que é poesia? O que ela faz ou deve fazer? Para que ela serve? Qual é a relação entre poesia e crítica? Vemos nestas páginas o poeta refletir a respeito de seu próprio ofício, numa apresentação bastante estimulante da poesia em geral e, em particular, de poetas como Dryden, Wordsworth, Coleridge, Shelley, Keats. As Conferências Norton de 1932-33 estão entre os melhores e mais importantes artigos críticos de Eliot. Rastreando a origem da autoconsciência literária do período elisabetano até os seus dias, Eliot não só examina a relação entre crítica e poesia, mas também nos convida a “começar com a suposição de que não sabemos o que é poesia, o que ela faz ou deve fazer, ou para que ela serve, e a tentar descobrir, examinando a relação entre poesia e crítica, para que servem ambas”.
Eliot toma como ponto de partida o surgimento da crítica poética na era de Dryden, quando a poesia tornou-se a província de uma aristocracia intelectual em vez de uma parte do espírito e da tradição popular de todo um povo. Wordsworth e Coleridge, em sua tentativa de revolucionar a linguagem da poesia no final do século XVIII, fizeram declarações exageradas a respeito da poesia e dos poetas, culminando na afirmativa de Shelley de que “os poetas são os legisladores não reconhecidos da humanidade”. E, nas definições morais decadentes e duvidosas do século XIX, Arnold transformou a poesia num substituto da religião.
Ao estudar a poesia e a crítica no contexto de seu tempo, Eliot sugere que podemos compreender o que é permanente quanto à natureza da poesia e fazer uma defesa poderosa tanto de sua autonomia quanto de seu pluralismo.