APRENDIZAGEM PELA ACÇÃO

Segundo Charpak, prefaciador desta obra, quando ele próprio adquiriu o seu diploma da Escola de Minas constatou que nada sabia fazer com as mãos. Nada de espantoso nesta situação: apenas era um produto da pedagogia. Tomou então consciência que seria útil ensinar os alunos a amassar o pão com as próprias mãos: educar os futuros engenheiros inculcando-lhes primeiro as ciências através de uma forte abordagem experimental, enviá-los para o terreno, mandá-los vestir a bata de trabalho do operário, fazê-los partilhar as preocupações do técnico, associá-los às problemáticas dos dirigentes, preparar engenheiros e engenhosos. Charpak não sabia que Robert Germinet prestaria às suas opiniões a atenção de alguém que refletira longamente sobre estas questões. Introduziu na Escola de Minas de Nantes a aprendizagem pela ação. Graças a uma série de experimentações realizadas pelo aluno dentro do seu quarto, este método semeia o valor da interrogação, a preocupação da observação, o sentido da criatividade.