Sinopse
Uma concepção contemporânea de visitas a bens patrimoniais para o turismo cultural. Uma abordagem que considera o turismo como atividade capaz de proporcionar a seus participantes o acesso cultural a bens do patrimônio, auxiliando na comunicação dos conteúdos e significados dos sítios patrimoniais visitados e tornando estes participantes cientes do papel ativo que representam em sua conservação.
Turismo E Patrimônio Cultural: Interpretação E Qualificação está dividido em duas partes. A primeira contempla o fenômeno turístico cultural, desde sua origem – a partir das grandes viagens oitocentistas – até sua atual configuração, estabelecida no formato de turismo de massa convencional. Nela, a autora analisa a variedade de ideais contida no significado do turismo cultural nos dias de hoje, discutindo os principais elementos que o integram: seu objeto, sujeito, objetivo, oferta e organização.
A segunda parte apresenta ao leitor a ideia de comunicação interpretativa, expondo didaticamente os pontos essenciais que fundamentam o desenvolvimento deste trabalho educativo em sítios naturais e culturais em diversas partes do mundo – com destaque especial para a teoria e a prática norte-americanas, uma vez que o país é o berço da atividade e serve de referência para o desenvolvimento dela em outras partes do mundo. Aqui, são tratados assuntos como a filosofia da comunicação interpretativa, seu conceito, seus fundamentos cognitivos, o desenvolvimento histórico da atividade e sua aplicação no Brasil atual. Os princípios da filosofia interpretativa são contemplados na compilação dos métodos precursores de Freeman Tilden e por sua atualização, proposta por Larry Beck e Ted Cable, com o objetivo de adaptá-los ao mundo contemporâneo e introduzi-los no século XXI. Em seguida, são apresentadas as mais destacadas mídias interpretativas atualmente disponíveis, tanto em seu desenvolvimento personalizado quanto em mídias impessoais.
As páginas de Turismo e patrimônio cultural: interpretação e qualificação também veiculam outras questões essenciais. A democratização do conhecimento ambiental e a popularização do patrimônio histórico e cultural brasileiro – cujo acesso tem se mantido restrito, há muitos anos, àqueles com instrução, dinheiro e tempo disponível para buscá-los em outras fontes, como a educação formal ou atividades de lazer elitizadas – não são esquecidas.