A DIETA DE WALL STREET

Um programa de emagrecimento para quem não tem tempo de fazer dieta. Como elaborar uma dieta que funcione para quem está sempre com a agenda cheia, viaja várias vezes por semana, não consegue fazer comida em casa e, para completar, costuma frequentar os melhores restaurantes da cidade com clientes? Essas foram algumas das primeiras perguntas que a nutricionista Heather Bauer começou a se fazer ao se tornar consultora de um health club em plena Wall Street, na área financeira de Nova York. As respostas, devidamente testadas e atestadas, transformaram-se em A dieta de Wall Street, escrito a quatro mãos com Kathy Matthews. Analisando aqueles novos pacientes – executivos, advogados, banqueiros –, Heather chegou à conclusão de que não se trata necessariamente de pessoas com problemas de sobrepeso, mas de um estilo de vida que em nada ajuda a manter a forma. Porém, como convencer um alto executivo a adotar outro estilo, especialmente no que diz respeito a aderir a refeições balanceadas? Ele não iria contar pontos, cozinhar pratos especiais ou pedir menus de dieta nos melhores restaurantes da cidade. Era Heather que precisaria adaptar seus conhecimentos às necessidades desses novos pacientes. Ela começou traçando o perfil dos possíveis beneficiados com a dieta: pessoas com vida atarefada, tensa e exigente; que consideram perder peso uma prioridade, mas fazer dieta, não; que correm de um compromisso para outro, espremendo refeições entre um e outro; que lutam para fazer escolhas alimentares certas em situações desafiantes; ou que não conseguem adaptar seu estilo de vida a nenhuma dieta existente. Se você se encaixou em algum desses casos, essa dieta também foi feita para você. É claro que passar por uma reeducação alimentar faz parte de qualquer dieta, mas na Dieta de Wall Street tudo é planejado com os pés no chão, ou seja, levando em consideração a realidade das pessoas atarefadas. De que adianta receitar cinco refeições saudáveis por dia, quando o candidato a perder peso passa o dia em reuniões no escritório ou tem de gastar boa parte do dia no aeroporto? Em vez de partir para uma planilha padrão, a nutricionista resolveu adaptar a dieta ao padrão de vida dos pacientes. O resultado positivo dessa estratégia é atestado pela agenda cheia da especialista, que, depois da experiência nos health clubs, acabou abrindo seu próprio negócio voltado a pessoas sem tempo para gastar com dietas. Antes, porém, de entrar nas listagens de opções e na parte prática do livro, a nutricionista explica o porquê de suas escolhas e o caminho que seguiu até chegar à dieta eficiente. Uma das etapas importantes a ser percorrida é identificar se você é um “raspador de prato” ou um “comedor controlado”. Com essa informação, fica mais fácil saber que tipo de dieta tem mais probabilidade de funcionar. Passada essa parte, digamos, mais teórica, a nutricionista entra no que todos querem saber: como funciona a dieta no dia a dia, quais são as recomendações, se há alimentos proibidos. A diferença da Dieta de Wall Street é justamente essa. A autora até recomenda o não consumo de determinados produtos, mas não proíbe ninguém de, vez ou outra, deliciar-se com aquilo que mais gosta. Administrar a própria dieta é uma das estratégias. Afinal, ela está lidando com pessoas que só entram em um negócio para ganhar.