Sinopse
Este livro contém uma grave denúncia e, ao mesmo tempo, uma proposta teórica de interpretação do neopentecostalismo brasileiro.
No campo da denúncia, este trabalho sustenta a existência de algumas estruturas econômico-religiosas constituídas, infelizmente, para a dominação de milhões de fiéis, cuja atuação tem por objetivo transformar pessoas em zumbis concebidos para perambular no especializado mercado de consumo religioso. Denuncia-se, portanto, a famigerada prática de mercantilizar as representações do sagrado, em detrimento de sonhos e esperanças de incautos fiéis.
Do ponto de vista da proposta teórica de interpretação, a presente pesquisa, com argumentos ao mesmo tempo sólidos e ousados, demonstra a concepção de uma Indústria Cultural Neopentecostal no campo religioso hodierno. Essa opção teórica propõe a possibilidade de analisar o campo religioso pátrio a partir da denominada Teoria Crítica de origem na escola de Frankfurt. Neste sentido, o autor sugere que o fiel não deixe de lado uma leitura rigorosa das propostas religioso]as que o circundam, de modo que a religião seja sinônimo de liberdade e respeito à pessoa humana.
Em suma, o substrato deste livro é chamado a uma prática religiosa saudável, longe de líderes opressores que teimam em fazer de fiéis apenas fonte de recursos financeiros para a perpetuação de seus feudos religiosos e projetos pessoais nada nobres.
Aqui o leitor encontrará um sonoro não às práticas religiosas destinadas a produzir opressão e sofrimento aos fiéis que, de boa-fé, se submetem à líderes preocupados apenas com seus próprios ventres e projetos de poder
No entanto, acreditamos que o leitor, ao longo destas páginas, terá a oportunidade de encontrar um expressivo sim às práticas religiosas libertárias em que o religare dignifica a pessoa humana para louvor, honra e glória do Eterno Criador dos céus e da Terra.