Sinopse
Único romance de Sylvia Plath (1932-1963), que se suicidou um mês após sua publicação, A redoma de vidro é um misto de ficção e autobiografia. Como a autora, também a protagonista é depressiva e suicida, embora sua história e personalidade sejam diferentes. Por isso mesmo, o romance é também uma representação simbólica de mulheres de classe média que, na década de 1950, tinham pouco acesso a informações, a rupturas sociais e morais e à liberdade sexual, causando, entre outras coisas, estados de transtorno mental. O tratamento com choques elétricos, recebido por Esther Greenwood, é só uma das faces do problema, ainda atual, de enfrentamento dos distúrbios psiquiátricos. Com humor, coloquialidade, ironia e agilidade, acompanhamos a jornada de uma escritora jovem e bonita, convidada a passar um mês como correspondente de uma revista de moda em Nova York, em meio a jantares fúteis, festas de coluna social e amizades fugazes, entre as quais ela se sente inútil e amplamente deslocada. Conhecida como poeta, Sylvia Plath revela-se aqui como uma romancista que faz com que o leitor, como se ele também submetido a uma redoma de vidro, perca o fôlego e se sinta tão aprisionado quanto a própria Esther Greenwood.