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GENTE HUMILDE: VIDA E MÚSICA DE GAROTO

Jorge Mello
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Sinopse
O multi-instrumentista Aníbal Augusto Sardinha, conhecido como Garoto, é um dos nomes mais representativos da música popular brasileira. No entanto, poucos conhecem a trajetória brilhante do compositor da canção Gente humilde”.O pesquisador Jorge Carvalho de Mello entrevistou pessoas ligadas ao músico e mergulhou em todo o catálogo disponível entre gravações, participações especiais e registros em partituras das composições de Garoto. Além disso, Jorge Mello leu vasto material de jornais, biografias e cartas que demonstram a participação de Garoto em momentos importantes da música brasileira.Destaque para a viagem junto à cantora Carmen Miranda para os Estados Unidos, sua participação em diversos programas na Era de Ouro do rádio no Brasil e o merecido reconhecimento como um dos fundadores da Bossa Nova, segundo o depoimento de grandes músicos influenciados por sua obra e legado. Em suma, o livro Gente humilde – Vida e música de Garoto,lançamento das Edições SESC SP, traz a proposta de tornar a carreira de Aníbal Augusto Sardinha mais conhecida para músicos, pesquisadores de cultura brasileira e do público.A pesquisa de Jorge Mello mostra um pouco da vida íntima de Garoto ao lado da família e amigos, entretanto, o autor acerta em direcionar a narrativa detalhando sua arte, ainda pouco conhecida pelos brasileiros. O livro contempla uma lista de gravações realizadas pelo músico durante a carreira.Com apenas 11 anos, o pequeno Aníbal começou a trabalhar em uma loja de instrumentos musicais no Brás, como ajudante. Nessa época, a família de imigrantes portugueses deu o primeiro banjo para o precoce talento que já causava confusões tentando aprender a tocar nos instrumentos do irmão, Batista da Cruz. Esse fato lhe rendeu o apelido de moleque do banjo, mais tarde adaptado para Garoto, alcunha que o consagrou. - Tom, você incluiria o Garoto entre os pioneiros da bossa nova?- Incluiria, o Garoto foi peça importante.- Você conheceu o Garoto pessoalmente?- Conheci muito o Garoto, muitíssimo. Gravei muito com o Garoto ao violão. Ele era considerado o maior violonista brasileiro, que foi aos Estados Unidos e tudo o mais [...]” - Tom Jobim, depoimento ao Museu da Imagem e do Som. Rio de Janeiro, 22 ago. 1967.Garoto é lembrado como um dos maiores mestres do violão brasileiro. A merecida lembrança, no entanto, não representa a totalidade dos seus dotes como instrumentista. Gente humilde – Vida e música de Garoto destaca que o músico tocava: banjo, guitarra havaiana, guitarra portuguesa, guitarra jazz, ukelele, cavaquinho, bandolim, violino e violão tenor, este ultimo em especial, é um instrumento que ele ajudou a popularizar. O violão tenor foi lançado por mim no Brasil em 1933. Com este maravilhoso instrumento, tomei parte em programas radiofônicos, teatros etc. Este instrumento é de origem americana, onde é conhecido pelo nome de triolin. No Brasil,batizei-o de violão tenor.”O diário de Garoto foi essencial para Jorge Mello contar fatos importantes da vida do multi-instrumentista. Ali ele revela a ansiedade para viajar aos Estados Unidos e acompanhar Carmen Miranda, a pequena notável”, considerada a maior cantora brasileira da época. Em 1939, Garoto e o Bando da Lua já haviam gravado três discos com a estrela Carmem Miranda e feito participação em filmes. O grupo chegou a se apresentar na Casa Branca para o presidente americano Franklin Roosevelt e, após o evento, seguiu turnê pelo Canadá.O artista gostaria de ter feito carreira solo nos Estados Unidos, como fez o seu amigo violonista Laurindo Almeida, com sucesso. No entanto, não conseguiu. Jorge Mello levanta três possíveis justificativas de Garoto não ter feito carreira nos Estados Unidos: as dificuldades de segregação que encontraria sua esposa negra,Dugenir, descontentamento com o contrato oferecido e sua saúde frágil.Garoto, diferente de gerações anteriores de grandes músicos brasileiros, teve como aliado o rádio, que viveu sua época de ouro nos anos de 1930 a 1940. Chegou a ter programas em seu nome. A estreia na rádio Nacional, a mais importante rádio da época, aconteceu em 1942 com o programa Garoto e seus mil instrumentos. Outro programa chamado Um Milhão de Melodias, liderado pelo maestro Radamés Gnattali tinha a participação da Orquestra Brasileira e de Garoto. Um Milhão de Melodias é um dos maiores marcos da história musical brasileira. Jorge Mello consultou os arquivos do Instituto Moreira Salles e descreveu a participação de Garoto em sete rádios de 1931 a 1951. São elas: Educadora Paulista, Cosmos, Cruzeiro do Sul, Mayrink Veiga, Nacional, Tupi e Record.Em quase 25 anos de carreira, Garoto gravou 107 músicas, algumas se tornaram obrigatórias para quem deseja levar a sério o estudo de violão, outras são fortes referências da música popular como Duas Contas que recebeu letra do próprio compositor e Gente humilde que teve a letra feita por Chico Buarque e Vinicius de Morais alguns anos depois de gravada. Para completar, ele foi o primeiro violonista brasileiro a estrelar um concerto no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, interpretando Concertino n°2, música composta pelo maestro Radamés Gnattali para homenageá-lo.Diferentes gerações de músicos celebram a obra musical de Garoto e o reverenciam como influência. Entre eles: Tom Jobim, Newton Mendonça, Baden Powell, Raphael Rabello, João Gilberto, Chico Buarque, Andrés Segóvia (que o considerava o melhor violonista do mundo). Mais que tudo, este livro é uma homenagem. Uma forma de manifestar admiração por todos aqueles que, como Garoto, fizeram com seus instrumentos - e o fazem ainda tão bem - vibrar em nós a pura emoção da vida.”.

Categoria
Editora Sesc São Paulo
ISBN-13 9788579950230
ISBN 8579950236
Edição 1 / 2012
Idioma Português
Páginas 272
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