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HARMONIAS SEPULCRAIS

Alessandra Lobo
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Sinopse
Escrever um conto, ao contrário do que muitos pensam, não é exatamente a tarefa mais fácil. Ouvimos contos a vida toda. Mas nunca imaginamos o quanto pode ser complicado encontrar o poder de síntese para contar uma história de forma clara, direta e mesmo assim, escolher na medida certa quais detalhes passar para o leitor. Escrevemos por que queremos transmitir algo. Quando tenho a ideia para começar um conto, costumo imaginar que eles fluem de uma maneira que remete diretamente à imagem que tenho nas mais tenras memórias: minha avó fazendo crochê, tecendo com uma única agulha e linha aquela corrente, para mim sempre pareceu uma espécie de mágica, tecer aquela corrente de uma linha emaranhada em si mesma, para em seguida, enganchando a agulha no fio certo, emaranhar a linha em volta de si mesma de novo e de novo, criando padrões elaborados que misturam, aos meus olhos, um emaranhado confuso de linhas e algum desenho de beleza frágil e resistente.Escrever um conto é o mesmo tipo de desafio, apesar de não estar muito certa quanto ao direito que tenho de fazer tal comparação, uma vez que nunca cheguei muito perto de uma agulha de crochê por pura falta de habilidade em tal atividade. Mas creio que seja algo muito próximo. Uma nova ideia aparece, uma imagem que de súbito aparece na mente e começo a descrevê-la. Desta "corrente" puxo outras linhas, desenvolvendo uma série de teorias: de onde veio tal cena? Por que eu a estou vendo assim? O que acontecerá em seguida?Tenho um pequeno banco de dados na mente, notícias, curiosidades em geral. Ficam "arquivadas", algumas não apenas na mente, mas também nos links salvos do computador, ou em um pequeno caderno de anotações. Fatos, histórias curiosidades. Todos eu posso modificar e adornar a corrente, ou os outros pontos que originaram dele. Lógico que não posso deixar de mencionar a natureza sombria da maioria dos contos. É um capricho meu. O terror brinca não só com os medos e aflições, não só transmite as sensações desagradáveis, desafiando a resistência mental de um leitor. Ele também é uma espécie de reflexão sobre a minha própria natureza. Até onde suporto escrever, perdoando a minha própria imaginação por investigar e até mesmo admirar a crueldade? Por isso eu evito permitir que a escrita seja invadida por criaturas fantásticas. Gosto de imaginar alguma espécie de natureza crua da humanidade em seu lado mais secreto. Criaturas fantásticas podem servir como unma boa metáfora para tal natureza, mas o confronto real consiste, pelo menos para mim, em não permitir que o fantasioso se torne catalisador de uma emoção negativa intrínseca. Claro, eles aparecem, mas não como fonte de tal natureza, e sim como manifestação da natureza humana. Há sempre alguma reflexão, um conteúdo obscuro, um ponto secreto no padrão do pied-de-poule da imaginação em conto de horror.Espero com isso que a imaginação do leitor seja estimulada, e que seja divertido observar como os demônios e monstros brotam naturalmente da natureza de cada um dos personagens.

Categoria
Editora Cervus
ISBN-13 9786590036247
ISBN 6590036241
Edição 1 / 2019
Idioma Inglês
Páginas 100
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