Sinopse
Claude Quétel aponta os limites das análises de Foucault, lembrando que as suas teses se inscreviam também na vaga de antipsiquiatria dos anos de 1960, pois, de certa maneira, Foucault nega a História ao ignorar deliberadamente a Antiguidade, quando a loucura, no sentido médico, e a desrazão, no sentido filosófico e moral, eram já nessa altura objeto de distinções claras: Hipócrates distingue entre as perturbações mentais frenesi, epilepsia, melancolia, hidrofobia, 'sufocação da matriz', e, no seu conjunto, a reflexão dos Gregos e dos Latinos revela-se particularmente fecunda, levando à rica elaboração terapêutica dos banhos, evacuantes, viagens, música, teatro.