Sinopse
VERSA: “que meus olhos tenham luz e penetrem minhas trevas”. É com palavras organizadas em sublevações e conjuras que Renato de Mattos Motta prepara as pequenas revoluções cotidianas, exemplificadas no rude poema “Patripoema”, quase um RAP de armas em riste, com elas tomamos as rédeas do tempo que, submisso, nos segue como fiel escudeiro e, assim, podemos assumir o nosso verdadeiro destino que é mudar de vida. Para Renato de Mattos Motta, cada poema é a dissecação de um tumor entre a surpresa do possível e a ruptura, a invenção da transcendência. (…) Com o bisturi afiado da palavra, o poeta esvurma as chagas de uma sociedade doente, onde de “sorrisos sifilíticos” o “bêbado descansa em meio ao vômito” (…) “inaugurando a náusea”. [Do Prefácio de Paulo Roberto do Carmo]