Priscilla akao Mori
Por dois motivos: 1) a história é boa. Sarah, de fundo autobiográfico, é a história de uma criança andrógina - o narrador - cuja mãe, prostituta em paradas de caminhoneiros, veste-o como mulher para que também se prostitua. A história lembra Alice no País das Maravilhas - mas é para adultos. E muito erótica. JT LeRoy criou neste primeiro e genial livro um submundo memorável e terrível, tão acolhedor quanto sofrido e bizarro, tão belo e poético quanto apavorante, e surpreendentemente original.2) a autora foi o maior embuste da década. Foi promovida por celebridades, entre os quais Tom Waits, Courtney Love e Madonna. Escondia-se por trás de uma identidade tão falsa como a peruca loira que usava. Sua história virou filme.