Sinopse
A presença obrigatória da filosofia no ensino médio é uma reivindicação muito recorrente entre os professores de filosofia. Entre eles, há um pressuposto poucas vezes problematizado: pressupõe-se, habitualmente, que a filosofia fará uma diferença significativa, para melhor, na qualidade do processo educativo; na maioria dos casos, associa-se essa presença a uma “formação democrática, crítica ou cidadãâ€?. A filosofia é vista como redentora, fonte fundamental de transformações para a educação. Essa presunção deve ser levada a sério e pensada cuidadosamente. Só a partir de uma percepção de si própria que deixe de lado os auto-elogios e os pré-conceitos, a filosofia pode pensar de forma mais interessante sua projeção e relação com outros saberes e instituições, como a escola e a universidade. Pensar as relações entre filosofia e educação requer um questionamento sobre a própria filosofia, seus “quê?â€?, “como?â€?, “por quê?â€?, “para quê?â€?. Esta coleção pretende contribuir para essa tarefa. Um elemento comum aos livros que a compõem é o interesse pela problematização filosófica da filosofia, da educação e das relações entre uma e outra. Mas os acordos param aí. As temáticas, os estilos e as referências são diversos.