EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Publicada pela primeira vez em 1994, a percepção sobre a dimensão da educação ambiental logicamente tomou diversos rumos. Esta revisão não pretende ser exaustiva, pois temos plena consciência de que o pensamento é mutável e o conhecimento está em constante renovação. O grande destaque oferecido à Agenda 21 transforma-se desde então, posto que novos rumos e novas agendas se estabeleceram no diálogo entre o desenvolvimento e a dimensão ecológica. Se a ausência de material era um problema na implementação da EA, hoje contamos com vasta literatura, jogos, vídeos e CD-ROM, além de diversos outros materiais que auxiliam a prática discursiva da EA no cenário mundial. Posto isso, admitimos que a EA representa um ponto de mutação e que os movimentos dinâmicos a impulsionam em diversos níveis, caminhos e tendências. Certamente, o maior sentido da EA continua sendo o respeito à diversidade, seja ela biológica ou cultural. Neste contexto esta publicação representa um convite para que as educadoras e os educadores ambientais possam "alinhavar" a obra e, mexendo aqui e ali, construir novos caminhos para a EA. Longe de oferecer receitas, a EA é um colorido que possui diversas imagens, vozes e sentidos, que depende de cada sujeito ecológico num universo em movimento. Representa uma esperança para aqueles que acreditam na utopia ? concretizável e inescrupulosamente possível. Não pretende ser a "varinha de condão" para solucionar o problema, pois, mais do que estratégia metodológica que oferece bons produtos, a EA representa um processo, no qual a participação da sociedade não pode ser somente meio, mas meta a ser atingida. No exercício de avanços e recuos, que o envolvimento social consiga sair de seu enclausuramento meramente econômico, dando espaços às dimensões da cultura e da natureza e possibilitando o processo de transformação pelas mãos da educação ambiental.