ENTRETECER E TRAMAR UMA TEIA POÉTICA: A POESIA DE ORIDES FONTELA

Neste livro, a autora ousa eleger a poseis não consagrada, ou mesmo desconhecida, como matéria-prima para uma visada crítica. Iluminada por Derrida e Heidegger, a estudiosa demarca a escritura poética oridiana, urdida na tradição da poesia moderna, aproximando-a da dicção dos poetas construtores, que elegem o jogo lúdico com a palavra como a experiência maior de refinar a linguagem. Sem perder de vista outras fontes de influência que formaram a poeta, interessa-lhe, em especial, configurar a solução pessoal por ela encontrada, vale dizer, a base de uma poética que se alixerça na destruição criadora - na transposição, no ir além, força motriz da feitura de seus versos.