ESCOLA DE SEMIÓTICA

O impulso básico da disciplina semiótica da cultura (desenvolvida no Departamento de Semiótica da Universidade de Tártu também conhecida como Tártu Moscou) foi dado pela necessidade de entender a comunicação como sistema semiótico e a cultura como um conjunto unificado de sistemas, ou melhor, como um grande texto. Para isso, os semioticistas reelaboraram o conceito de língua, sem o qual seria impossível estender a noção de linguagem a uma diversidade de sistemas como mito, religião, literatura, teatro, artes, arquitetura, música, cinema, moda, ritos, comportamentos, enfim, os códigos e sistemas semióticos da cultura. Tão importante quanto o conceito de língua é a concepção semiótica de código. Com base nessas noções, o relacionamento dinâmico entre os sistemas da cultura foi definido como um processo de modelização, segundo a qual a cultura é entendida como texto e a comunicação, como processo semiótico. Porém, as discussões de Tartu não abragem somente esses conceitos e é necessário compreender como a cultura como texto é importante na era da revolução tecnológica. Este livro apresenta as diretrizes deste pensamento. Para isso, traduziu do Russo o texto manifesto das teses para o estudo semiótico da cultura e o ensaio de Peter Torop que trata de uma avaliação contemporânea da escola.