Sinopse
As práticas e os hábitos populares de saúde na visão de médicos e de folcloristas, em virtude da prática de curandeirismo são abordados nesta obra, que retrata a medicina popular em São Paulo, nas décadas de 50, 60 e 70 do século XX. O autor utiliza como fontes de pesquisa documentos produzidos pelo aparato estatal, artigos publicados em revistas especializadas na área de saúde, a produção teórica de folcloristas que estudaram a temática das práticas populares e a documentação produzida pelo judiciário, como processos-crime e acórdãos judiciários que envolvem decisões sobre acusações de exercício ilícito de profissões da área médica. Relato do período em que a sociedade brasileira passou por uma série de mudanças que incluem propostas e reformulações das políticas públicas de saúde, quando o combate às práticas ilícitas no campo da saúde, antes centrado na perseguição aos curandeiros, deslocou-se, no período estudado, para a perseguição à prática ilegal da medicina, da odontologia, da farmácia e da enfermagem.