Sinopse
A matéria dos 40 textos de "O Roubo do Silêncio" é o tempo presente. 'Na superfície deste pântano, quando uma cabeça assoma fora d'água, não se sabe se é pato ou serpente', lê-se no penúltimo, 'Prosa'. Que bicho assoma neles? Antes de tudo, a prosa, que discorre sobre a prosa indiferente do mundo e as contingências de um corpo. O 'eu' que as enuncia subverte a prosa com a poesia. Sua angústia sabe que a história é destruição. Nem pato nem serpente, aqui o bicho é o evento da presença da poesia inventada como o simples que não se diz. Não persegue nenhum indizível. Sabe que o indizível só existe como privação da palavra no silencia do pântano.