Sinopse
Sob a árvore dos enforcados o chão é úmido; uma lama constante, revolvida por insetos e vermes, de onde são paridos cogumelos disformes e venenosos. Miasmas nauseabundos compõem ali uma atmosfera que não deixa que se esqueça nunca a morte. Nos túneis sombrios das ditaduras escorrem pegajosos líquidos por paredes duras e sem janelas. Serpenteiam vaporosos corredores grávidos de dores e medos, entrecortados pela luz baça das consciências entorpecidas dos torturadores. Sob as ditaduras, nesses corredores nojentos, proliferam criaturas imundas e torpes, que ganham, por fagocitose, vida e vontade próprias. À sombra das ditaduras medram excrescências que se alimentam do lixo do regime, esse, o lixão. As ditaduras, todas são incapazes sequer de autocontrolarem, daí, os paralelismos. Antenor Mandaras, uma vítima. Yl, um exemplo horroroso de geração concebida no ventre da truculência, um aborto que não se fez.