Sinopse
Verificando o contraste entre o período pré-ditatorial e a violência instaurada por Papa Doc por meio de seus - uma polícia pessoal e "secreta", que tudo faz para se mostrar - Brown, dono de um já famoso e muito freqüentado hotel em Porto Príncipe, capital do Haiti, retorna de infrutífera viagem a Nova York, onde tentara vender o empreendimento; O que ele encontra pouco lembra o ambiente pobre mas alegre que, num passado recente, caracterizava o país caribenho. Os hotéis, anteriormente lotados de turistas que se divertiam à beira da piscina, estão agora abandonados. A construção da nova cidade de Duvalierville foi suspensa. A população, em sua pobreza cada vez mais extrema, mostra-se, além de triste, apavorada. Alguns membros da aristocracia se reúnem para discutir política ou afastar o medo, até que a chegada de um casal de pastores norte-americanos tumultua as certezas ideológicas. Para se manter no poder, Papa Doc - o médico negro François Duvalier, eleito presidente em 1957 lança mão de todos os recursos da repressão e do terror, executados pelos sombrios Porto Príncipe, antes tão calorosa e mágica, apresenta-se agora cheia de barricadas e barreiras. Nas ruas, medo e morte. Mas o movimento guerrilheiro começa a se organizar. Graham Greene não pegou em armas nem foi para as montanhas lutar contra a tirania. Escreveu, porém, livros como este, acreditando, como diz na introdução, que "uma caneta, tanto quanto uma bala de prata, pode verter sangue" Adaptado para o cinema em 1967 sob a direção de Peter Glenville, com Richard Burton e Elizabeth Taylor nos papéis principais, adquiriu nova dimensão, transformando-se em vívido retrato de um país aterrorizado. O próprio Papa Doc saiu a campo para combater o filme, o livro e seu autor.