HARPO FALA...DE NOVA YORK

Harpo, sempre silencioso entre os Irmãos Marx, mostra neste Harpo fala... de Nova York, texto escrito em 1961 (três anos antes de sua morte), que não fica devendo nada aos falastrões Groucho e Chico. Além de narrar sua infância pelas ruas de Nova York do começo do século XX, Adolph "Harpo" Marx fala da criação do humor anárquico que entrou para a história do cinema. A obra integra a coleção Sabor Literário - cujo ícone é um cerejinha, o toque especial -, que apresenta aos leitores textos inéditos ou pouco conhecidos de grandes escritores. Na apresentação, o escritor E.L. Doctorow revela que Harpo era seu preferido entre os Irmãos Marx: "Para Harpo, não tínhamos reservas. Era o nosso favorito. Era o irmão Marx que verdadeiramente amávamos. Groucho pode ter tido o comando da linguagem e Chico também, sob as restrições do estranho sotaque italiano que escolheu, mas Harpo, ao não falar absolutamente nada, era nosso porta-voz." Adolph (rebatizado de Harpo anos mais tarde, numa mesa de pôquer) saiu da escola - ou melhor, foi jogado da janela por outros alunos - após um ano e meio de estudos. Assim, o autor fala de sua trajetória - antes da vaudeville, da Broadway e do cinema - pelas ruas da maior metrópole do mundo nos primeiros anos do século XX. Assim como Groucho Marx, que fez sucesso com a famosa autobiografia Groucho e eu, Harpo tece em Harpo fala... de Nova York fragmentos autobiográficos que mostram a lado engraçado das dificuldades. Além de Harpo fala... de Nova York, de Harpo Marx, a coleção Sabor Literário traz ainda obras de Henry David Thoreau, William Henry May, Ferreira Gullar, João do Rio, Virginia Woolf, Nathaniel Hawthorne, Antonio Callado, Campos de Carvalho e Konstantinos Kaváfis, entre outros textos saborosos.