NINGUÉM É PERFEITO

"?Ninguém é perfeito? é a fala que melhor resume meu trabalho", disse Billy Wilder à escritora Charlotte Chandler. "Não há comédia ou drama sobre pessoas perfeitas." O Cinema é a Arte Cinderela do século 20, e Billy Wilder foi uma de suas personalidades mais lendárias. Quando morreu, em 2002, deixou para trás um incrível legado em filme. Crepúsculo dos Deuses, Quanto Mais Quente Melhor, Pacto de Sangue, Se Meu Apartamento Falasse, Farrapo Humano, Sabrina e outros filmes de Wilder se tornaram parte de nossa experiência em comum e da memória coletiva. Em Ninguém é Perfeito, Billy Wilder fala de si mesmo no que vem a ser a coisa mais próxima de uma autobiografia que jamais será feita. Charlotte Chandler, autora das já publicadas biografias autorizadas de Groucho Marx e Federico Fellini, conheceu Billy Wilder em meados da década de 70, quando começou uma amizade que duraria até a morte dele. Num período de mais de vinte anos, ela entrevistou não apenas Wilder como muitos dos atores e outros artistas que trabalharam com ele. O resultado foi este livro extraordinário, um olhar muito pessoal sobre um dos verdadeiros gênios criativos de Hollywood. Numa vida tão dramática como os filmes, Wilder sobreviveu à Primeira Guerra Mundial e escapou do Holocausto, embora sua mãe e sua avó tenham morrido em Auschwitz. Quando chegou a Hollywood, descobriu-se um escritor sem uma língua, um homem sem um país.