SE O AMOR É UM JOGO, ESTAS SÃO AS REGRAS

O livro é repleto de frases marcantes, às vezes polêmicas, como "Você é a única pessoa capaz de tornar a si mesmo um ser completo", "O amor não ‘acontece simplesmente’, precisa ser criado como você criaria qualquer outra coisa" ou "A maneira como você fala com seu parceiro é um reflexo do seu respeito por ele". Para ilustrar cada um de seus conselhos, Chérie cita diversas histórias que ouviu nos incontáveis workshops que já realizou com casais insatisfeitos. Nem mesmo as experiências pessoais da autora ficam de fora. Ela conta, por exemplo, como aprendeu com Michael, seu marido, que a melhor maneira de viver em harmonia com alguém muito diferente de você é justamente respeitando as diferenças do parceiro, sem tentar moldá-lo ao seu jeito. Outra dica de Chérie é criar e respeitar acordos sobre como conduzir o relacionamento – ela acredita que 50% dos casamentos acabam em divórcio porque os casais nunca se preocupam em estabelecer papéis e responsabilidades dentro da relação. A princípio, a sugestão pode parecer um tanto artificial, como se o amor funcionasse da mesma forma que os negócios. Mas a autora é incrivelmente hábil na exposição de suas idéias e não deixa espaço para mal-entendidos. O resumo que aparece no final do livro, em que Chérie se refere ao marido de modo profundamente carinhoso, não deixa dúvida de que ela conhece muito bem o assunto que está abordando, a ponto de dar uma pontinha de inveja em alguns leitores, o que não deixa de ser um estímulo a mais.