Sinopse
O estatuto moral do embrião é uma das questões centrais na bioética. Sobre esse assunto o leitor encontrará aqui um texto esclarecedor, a partir de algumas perguntas fundamentais: o embrião humano é uma simples materialidade biológica, um produto como o espermatozóide e o óvulo, uma simples parte do corpo? Há algo de humano nele? Ele é humano? É imperiosos responder a essas questões em razão das descobertas da ciência moderna - particularmente da biologia e da medicina, descobertas que dão aos homens um poder inédito: poder de produzir, selecionar, manipular, literalmente, de fazer e de desfazer da vida. A primeira parte do livro tem por objeto o estudo da individualidade biológica, suas significações e condições de atribuição, a partir da interrogação sobre a natureza do embrião humano. Esse é o momento fenomenológico da obra. A segunda parte faz um exame crítico das respostas bioéticas à questão levantada na primeira parte, mantendo sempre em mente a necessidade de responder se o embrião humano é uma pessoa. A terceira parte expõe a posição do autor, na qual ele busca oferecer pistas de uma bioética contemporânea, afirmando a humanidade do embrião humano e a necessidade moral de respeitá-lo como pessoa. Neste percurso, o autor faz uma abordagem interdisciplinar, recorrendo ao direito, à biologia, à medicina, á política, à moral, à filosofia, tendo como horizonte a consciência pessoal da responsabilidade de cada ser humano para com os outros seres humanos.