AS MULHERES E A ECONOMIA SOLIDÁRIA

No Norte como no Sul a pobreza se feminiza e as desigualdades entre os sexos persistem. Por isso é necessário encontrar novas formas de solidariedade. Cada vez mais, em escala mundial, diante das carências do Estado e do mercado, o recurso à "economia solidária" aparece como a solução para "re-inserir" o econômico no social e no político. Mas esta formulação permanece muito abstrata e insensível às diferenças de gênero. De fato, não só as mulheres são freqüentemente as primeiras agentes de práticas de economia solidária - e é preciso se perguntar por que e como -, mas também oferecem uma oportunidade inédita para lutar contra as desigualdades de sexo. Realizando uma preciosa síntese dos debates sobre a questão do gênero e das desigualdades entre os sexos, tirando algumas lições de múltiplas experiências realizadas no mundo e apoiando-se particularmente em pesquisas rigorosas realizadas na França e no Senegal, esta obra analisa as vastas potencialidades oferecidas pelas novas formas de empreendimentos coletivos. Com estilo claro e linguagem direta, ela interessa a um vasto público: estudantes, pesquisadores e cidadãos que se importam com as questões da justiça e, mais ainda, militantes do mundo associativo que se interrogam sobre a especificidade do papel das mulheres.