SEQUESTRO FLORESTAL DE CARBONO NO BRASIL: DIMENSÕES POLÍTICAS...

Neste seu livro sobre o Chang Man Yu disponibiliza para o público brasileiro (e, por que não, para os negociadores do governo nos fóruns internacionais pertinentes?) uma importante contribuição acadêmica sobre as dimensões políticas, socioeconômicas e ecológicas da questão, em um momento também histórico: entre a Conferência das Partes 9 (COP-9) da UNFCCC, ocorrida em Milão, Itália, em dezembro de 2003 —quando pela primeira vez decisões foram tomadas com relação às modalidades e procedimentos para atividades de projetos de florestamento e de reflorestamento sob a égide do Mecanismo do Desenvolvimento Limpo (MDL) para o primeiro período de comprometimento do Protocolo de Quioto—, e a Conferência das Partes 10 (COP-10), a ser realizada em Buenos Aires, Argentina, em dezembro de 2004, quando certamente estas questões deverão ser avançadas, necessitando, para tal, ser melhor pensadas, entendidas e discutidas. As mudanças climáticas compreendem uma vasta gama de problemas cujas soluções serão fundamentais para a própria permanência do Homem no planeta. Mas o tratamento dos problemas, para posterior solução, passa obrigatoriamente pelo próprio conhecimento dos mesmos e das melhores oportunidades que se apresentam para se lidar com eles. A leitura cuidadosa da argumentação desenvolvida ao longo deste livro certamente nos ajuda a dar um bom primeiro passo na direção de melhor entender o papel que o seqüestro florestal de carbono em nosso país pode vir a ter, neste complexo quadro das negociações internacionais sobre mudanças no clima.