Sinopse
A partir de meados da década de 80, o setor empresarial, considerado como o "vilão da ecologia", inicia uma súbita conversão aos princípios ecológicos e torna-se o "amigo da natureza", reunindo consistentes elementos discursivos para identificar-se como o promotor privilegiado do desenvolvimento sustentável. O que ocorreu nesse período que teria propiciado essa mudança? Como e por que o setor empresarial ingressou no movimento ambientalista brasileiro? Teria ocorrido uma "transição" ou simplesmente uma "apropriação ideológica"? Embalado por tais questões, A cortina de fumaça analisa episódios de uma história do ambientalismo. Auxiliado pela análise de discurso, e propondo uma interpretação de caráter ideológico, aponta para os efeitos da denominação da ordem hegemônica na sua busca da manutenção da estabilidade e coesão social.