Sinopse
As condições da produtividade nas empresas mudaram muito no último meio século. Estão esgotados os recursos da racionalização extrema das rotinas e das virtudes de uma produção de massa planificada, diz aqui Philippe Zarifian. O que se requer agora, dados os novos meios, é a disposição para inventar permanentemente, explorando outras virtudes, as da instabilidade e dos eventos. A invenção já não se confina nas salas de pesquisa e desenvolvimento -irriga toda a organização, a empresa inteira. No modelo do posto de trabalho ainda dominante há uma precedência do trabalho sobre quem o exerce. No modelo da competência, o trabalho segue o sujeito, toma-se a expressão direta da potência de seu pensamento e de sua atuação. A distância subjetiva entre o trabalhador e as tarefas que lhe são impostas, típica do taylorismo, é eliminada por esse modelo, que faculta ao individuo "implicar-se subjetivamente em seu trabalho". Como isso pode ocorrer, e como é necessário e urgente que ocorra, Zarifian o demonstra a sua maneira clara e direta, com um domínio do tema que abrange também os mais veementes argumentos contrários. O Senac São Paulo, cujo envolvimento com as melhores perspectivas do traba1ho e permanente, lança mais esta obra a reflexão da sociedade brasileira.