Sinopse
A é um subproduto religioso nascido de um modismo efêmero. É a mentalidade pós-moderna que se configura também religiosamente e que começa a ter seguidores e um fascínio próprio num contexto de final de milênio, no qual se assiste ao esfacelamento de todas as certezas e à recusa de qualquer pensamento dogmático. O autor se desdobra em delinear um amplo leque de epifenômenos Nova Era, que vão das técnicas psicossomáticas ao irracional do rito, do Deus imanente no mundo à epistemologia fraca que percorre a nossa época, passando através de temas clássicos de antropologia religiosa: a meditação, o transe, o xamanismo, chegando à terra mãe e ao arquétipo do feminino. Daí resulta um grande quadro, no qual a mentalidade insurgente se serve do antigo e do novo para se tornar cúmplice de uma visão religiosa eclética, espelhando-se na imagem frágil, subjetiva, narcisista e egocêntrica do mundo atual. Numa situação tão delicada, não existem desafios a serem lançados, mas uma realidade da qual devemos tomar consciência, para repensar o significado da experiência religiosa e a sua possível redefinição na conjuntura histórica atual.