GUINGA: OS MAIS BELOS ACORDES DO SUBÚRBIO
Mario Marques
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Sinopse
Essa coisa da biografia me deu duas sensações: a primeira foi maravilhosa; a segunda foi um pouco sombria, porque as pessoas só são biografadas depois de mortas, ou então quando já estão bem perto... Mas enfim, não se pode ficar baseado nessa regra, nada contra eu ser a exceção, e aos 50 anos já estar biografado, mas normalmente o biografado em vida tem que ser um cara muito famoso, o que não é o meu caso, perto do que se pode considerar uma pessoa famosa. Carlos Althier de Souza Lemos Escobar - Guinga. Mario Marques, jornalista do Segundo Caderno ? O Globo ?, nos convida a entrar na intimidade de um criador ? Guinga. E o retrato do artista em movimento que surge após a leitura é apaixonante. Nascido no subúrbio carioca, Guinga ainda se divide entre a música e o consultório de odontologia, onde clinica duas vezes por semana. É adorado pelos músicos e pouco conhecido do público em geral. Mas para quem já foi capturado pela arte de Guinga, musicalmente ele vem sendo freqüentemente descrito como um gênio. Reinventor de diversas tradições, transita sem se prender por choro, valsa, baião, samba, fox, tango, frevo, blues, toada, rumba, jazz e o diabo a quatro. Muitas vezes transgride, embaralha estilos, tirando daí sua assinatura, sua identidade. Algo que de imediato o torna uma referência para a música brasileira na virada do milênio, como alguém que vem provando a permanência desses mesmos gêneros que subverte. Não faltam dados biográficos e psicológicos de Guinga nesse livro, mas ele não deve ser entendido como uma simples biografia. Mesmo porque o personagem, aos 51 anos, continua muito vivo, em plena atividade. O que temos aqui é uma panorâmica de um trabalho em progresso, de um dos gênios da Música Popular Brasileira.