VERDADE E JUSTIFICAÇÃO: ENSAIOS FILOSÓFICOS
Jurgen Habermas
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Sinopse
Depois da formação da teoria do agir comunicativo e do confronto com o debate sociológico e histórico-filosófico contemporâneo, Habermas revisita os problemas da filosofia teórica, retomando o fio interrompido em Conhecimento e interesse (1968). A discussão de verdade e justificação envolve todas as mais revelantes vertentes analíticas contemporâneas, de Brandom a Rorty, de Putnam a Dummett, de Apel a Von Wright, sem prescindir de uma rigorosa análise da filosofia da consciência e da tradição mentalista de fins do século XIX. Habermas tematiza a superação das velhas dicotomias (sujeito-objeto, interno-externo, espírito-corpo), mostrando como todas nascem de estruturas anteriores da linguagem. A importância dada à virada lingüística, porém, não obrigará o leitor a esposar um contextualismo forte (Rorty) porque defende ser necessário manter uma perspectiva realista. De fato, a legitimidade de uma asserção deve necessariamente ser resgatada discursivamente ou justificada no interior de uma prática compartilhada, mesmo porque justificação alguma se torna verdade de imediato. Só o apelo ao mundo da vida, à práxis do encontro com os problemas da cotidianidade pode pragmaticamente, não definitivamente, validar a justificação, tornando-a verdade.