CACOS DA INFÂNCIA: TEATRO DA SOLIDÃO COMPARTILHADA

Fiz, junto com meus colaboradores, uma aposta em mudanças no Imaginário por meios de Cacos...: ao procurar encenar novidades, imagens inusitadas, imagens velhas-reatualizadas, trabalho em processo de repertório sobre a criança e sobre a infância. Quem sabe gestou-se aquilo que Durand (1998) nomeou "viga mítica", a partir da qual a cultura dos homens inova modos e meios; é do interesse da própria criança que ela seja bem "representada". Reivindico um teatro que dê o direito à criança sentada na platéia de ser representada de uma maneira inteligente e digna, sem maniqueímos pueris e simplistas, e que este tipo de teatro reafirme o dever dos adultos produtores de cultura, eles mesmos sentados ou não nas platéias, de rabiscar a personagem criança a partir da grande variedade de matizes de cores... e não a partir das cores primárias.