Sinopse
Delimitar fronteiras nítidas para o Classicismo italiano não é tarefa fácil, especialmente no caso da ópera. Se, num conservador como Niccolò Zingarelli - o professor de Bellini, que viveu até 1837 - encontramos características barrocais tardias, em compositores de estampa ortodoxamente clássica, como Simone Mayr, Ferdinando Paer e, principalmente Gioachino Rossini, já detectamos elementos típicos do Pré-Romantismo. Neste volume, em que dá continuidade à notável série sobre o percurso histórico e estético do gênero operístico, o jornalista e pesquisador Lauro Machado Coelho propõe-se, pois, a analisar, em sua especificidade, a fase que vai de 1763 - a data da primeira ópera do pré-clássico Pasquale Anfossi até 1829, já na soleira do Romantismo, quando estréia em Paris a última obra de Rossini para o palco. O livro enfoca detalhadamente os grandes nomes do período - a tríade Piccinni, Paisiello e Cimarosa, o papel de transição de Mayr e Rossini,- sem no entanto, descurar a importância dos nomes menores, nos quais é possível perceber, até melhor do que nos grandes inovadores, os elementos constitutivos do estilo clássico.